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Exposição no 
Salão Anual da Sociedade Nacional de Belas Artes   

 

De 20 de Dezembro a 07 de Janeiro de 2023, João Motta apresenta: O Andrógino

 

Apareça na inauguração, a 20 de Dezembro, das 17 às 21h00!

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O Andrógino

Uma peça bi e tridimensional onde se pode ver um rapaz ou uma mulher.

Medidas: 53 (altura)  43 (largura) x 20,5 (profundidade) cm 

 

PVP: 500€


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Segue abaixo uma série inédita de quatro pequenos poemas do artista e escritor, que tratam de temas  associados a esta obra, como o transgénero, a máscara, o duplo, a realidade virtual, o livre arbítrio, as marionetas, os espelhos e a ilusão.

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VIDAS PARALELAS

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1

Fui máscara quando elas eram prezadas. Em cortes de Java.

Dansei com outras máscaras, em cenários marcados.

Repetíamos os mesmos papeis

Fazíamos o que de nós se esperava.

 

Estou agora encerrada numa caixa redonda

Para nada sirvo e minha alma estiola.

 

Na mesma sonho, mas nada vejo.

 

Quando sair deste torpor, quando as tuas mãos me alcançarem,

Saberei viver aquilo a que não deste forma

 

Esqueceste-te de mim,

Mas sem mim não és nada

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2

Andei por teatros longínquos, transportado em barcos que me davam tempo para preparar os papeis.

Chegava antes de tempo, com os teatros sempre vazios, palcos amordaçados.

Falei nos labirintos, mas a minha voz não atravessava os espelhos.

Eu era só uma máscara colada a uma marioneta. 

Ninguém estava habituado.

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3

Neste cenário virtual que os humanos percorrem, sou secundário, personagem desencontrado.

O vazio é o mesmo, mas, neste lado do espelho, o meu mundo de marioneta é mais rico.

Tendo aberto mão do livre-arbítrio, encarno qualquer papel.

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4

Tenho uma colecção de máscaras em cima do meu boudoir.

Outras fechadas em caixas, num armazém empoeirado.

Joguei escondido a máscara da infância, rápido demais a da idade madura, agora, nesta foto enrugada, passa lento o tempo daquilo que não foi encontrado.

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Conheça melhor o trabalho de João Motta:​

Obras 

I - O Tríptico

II -  Obras Devocionais

III - Peças Irónicas

IV - Peças soltas

V - A Identidade

VI - A Ilusão universal

VII - Peças de madeira

VIII - Histórias animadas

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Biografia 

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Exposição de 5 a 20 de Novembro de 2021:A Crise Planetária

No catálogo da exposição, João Pinharanda, Historiador de Arte e Comissário escreve:

 

"Numa consulta demasiado rápida e sem que tivéssemos trabalhado juntos esta nova fase, confirmo que o João continua a ver o mundo a partir de dentro de si e que as ficções que monta (recuperando tudo o que o mundo natural e  artificial lhe dá para criar as personagens e os cenários dos seus teatros) se destinam a dar pistas mínimas de orientação a quem não é iniciado ou não tem acesso fácil ao motor da máquina do mundo ou não considera que exista um sentido interior para as coisas. O Vírus é mais um pretexto para o João continuar esse diálogo com os outros e consigo, para criar mais e mais universos paralelos – afinal os seus jardins são, como todos, jardins de caminhos que infinitamente se bifurcam."

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  João Motta apresenta o artista e a sua obra: 

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..." Esta instalação aqui apresentada na SNBA inclui um “tríptico” (três peças tridimensionais, ou assemblages, feitas sucessivamente em 2020) e um filme sobre elas, de 3,49 minutos, intitulado “A crise planetária”. Nelas procurei expressar o que senti ao longo desse ano e o que observei no mundo exterior. Esse processo culminou na peça “A Encenação”, feita à base de marionetes e de máscaras miniatura. Uma encenação cósmica que é o contexto da actual crise planetária, uma crise de identidade."...

 

-- Leia a apresentação completa em - Porque sou? Porque faço?

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